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terça-feira, 11 de maio de 2010

O poder do "bom dia"...




Logo pela manhã, chegamos a uma cidadezinha. Paramos em frente ao local do nosso destino. Era a hora em que as pessoas estavam indo para o trabalho e aí me dei conta de algo que há muito não via.: as pessoas que transitavam pela rua, nos dirigiam um fraterno "Bom Dia". 

Geralmente, nos grandes centros urbanos, andamos pelas ruas abarrotadas de pessoas mas, umas não olham para as outras e, quando o fazem, é para tomar os devidos cuidados com possíveis assaltantes. 

Quando entramos num elevador ficamos sem jeito, sem palavras, e geralmente olhamos para o teto ou para o chão, com receio de olhar no rosto daquelas pessoas que dividem conosco aquele pequeno espaço. 

Pelas ruas dos grandes centros, notamos que as pessoas circulam apressadas, alheias a tudo e a todos. Como naqueles filmes de ficção, em que as pessoas foram substituídas por robôs, programados para tarefas específicas, não têm a sensibilidade dos seres humanos. 

Não têm coração, têm chips, computadores eficientes, mas sem o calor humano. São frios. A sensibilidade é atributo dos seres humanos. A fraternidade, a solidariedade, o afeto, a ternura, são inerentes à criatura humana. 

Quando, naquela manhã, pessoas que nunca havíamos visto antes nos olharam e nos desejaram um sonoro e convicto bom dia, nos sentimos gente. Ser gente! Eis do que sentimos falta. Talvez isso pareça medíocre, para alguns, mas é bom se sentir gente. 

Receber de um desconhecido um olhar de afeto, um olhar de encorajamento, faz bem para a alma. É bom saber que as pessoas notam você e que você as nota, não como supostos bandidos, mas como gente, apenas como gente. 

Há tanta falta de atenção de uns para com os outros nesses tempos de correria em busca de dinheiro e coisas, que nos esquecemos de que estamos apenas de passagem pela vida. 

É bom se sentir gente entre pessoas que, como nós mesmos, lutam, sofrem, trabalham e choram. Pessoas que amam, que sonham, que buscam um lugar ao sol, e que desejam ser, simplesmente, gente. 

Por isso, eu te convido para uma revolução: vamos saudar as pessoas que cruzam o nosso caminho! O vizinho, o jardineiro, o ascensorista, serventes, pessoas no elevador, o caixa do supermercado, e mais alguém. 

E se o seu dia amanheceu nublado, experimente saudar e olhar com fraternidade para as pessoas, e você descobrirá que uma atitude simples, é tão poderosa que pode levantar o seu ânimo e de outros, promovendo, de fato, um Bom dia...




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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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