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quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

É preciso aprender a viver




Existem pessoas que realmente sabem viver e basta observar para ser uma delas. Independente da condição financeira, da raça, nacionalidade; seja rica ou pobre, homem ou mulher, jovem ou idosa, pertencente a qualquer ideologia política ou religiosa, qualquer pessoa pode descobrir a chave do bem viver e da felicidade. 


Pessoas felizes não vivem 
de queixas e lamentações


Quando se observa uma pessoa feliz, pode-se ver que essa pessoa tem algumas características que lhe são peculiares. A princípio você notará que esta pessoa gosta de tudo que se refere à vida e que ela se sente bem fazendo qualquer atividade. 

Ela não gasta tempo se queixando ou reclamando, desejando que as coisas fossem diferentes. Essa pessoa tem entusiasmo pela vida e deseja tirar da vida o melhor que ela pode lhe oferecer. 

Gosta de piqueniques, pipoca no cinema, livros, esportes, cidades e campos, montanhas, praias entre outras coisas e tem afeição por todos os animais. Perto dela não se houve gemidos e suspiros. Se faz sol ela acha lindo; se chove ela aprecia a chuva. 

Enfrenta engarrafamentos de transito, filas ou o que aparecer, do jeito que vier e tem a exata sensação de aceitar as coisas. Sua única dificuldade é dizer do que não gosta e raras coisas a coloca furiosa. 

Ela observa as situações, trabalha para melhorá-las e aceita o que é definitivo. Quando as situações são perturbadoras como doenças, calamidades, secas, inundações, mosquitos e outras, se puderem ser eliminadas, ela trabalha por isso e nunca reclama. 

Ela está empenhada em trabalhar, em fazer algo. Isso significa estar viva e ela ama a vida, aproveitando-a em todos os aspectos. Ela pode relatar seus erros e fracassos do passado, mas ela não se lamenta por isso. 

Não se aborrece pelo passado e reconhece que os erros fazem parte da vida, mesmo quando se tenta acertar. Também não diz que os outros poderiam ter feito as coisas de outro modo, porque ela compreende que o que já está feito, não está por fazer.




Pessoas felizes 
não manipulam e não se corrompem

Quem é feliz usa o passado apenas para aprender a trilhar novos caminhos e nunca está tentando manipular ou convencer alguém de alguma coisa, porque ela não presta atenção em táticas. 

Se tentar convencê-la de algo, ela simplesmente muda de assunto. As estratégias que dão certo com a maioria, com ela não surtem efeitos, porque essa pessoa psicologicamente sadia está isenta de qualquer sentimento de culpa.

Ela não se pré-ocupa; ela se ocupa. Não fica planejando excessivamente o futuro, ela trabalha dentro do processo contínuo para construir algo e sabe que tudo demanda etapas. 

Não está preocupada porque está livre da ansiedade. Não é a todo tempo muito calma, mas algo em seu interior lhe lembra que irritar-se com a vida é uma maneira tola de viver a única vida que tem.




Pessoas felizes vivem o presente

 
Essa pessoa vive no presente, não se deixa amedrontar pelo desconhecido e voluntariamente busca novas experiências. Ela sabe conviver com a ambiguidade e saboreia o agora em todos os momentos, consciente de que é tudo o que tem. 

Ela não espera algum dia para resolver algo, ela está em constante busca de solução agora. Não protela e não guarda nada para um dia de chuva e, embora possa ser desaprovada pelos outros, sua autocensura lhe basta.

Ela não fica semeando para colher no futuro; ela colhe agora e colhe também no futuro, porque ela sabe que é loucura esperar para viver no futuro. Ela tem uma maneira muito natural de viver. 

Tal como uma criança ou um animal, está ocupada com a plenitude de vida presente, enquanto a maioria passa a vida esperando as justificativas e nunca são capazes de aproveitá-las.




Pessoas felizes são independentes
 
 
Essa pessoa é independente de uma forma absurda. Vive fora do ninho e, embora possa ter amor e devoção pela família, ela vê a família como algo mais do que um conjunto de obrigações e incentiva a independência como um antidoto para não contaminar os relacionamentos. 

Ela preza a liberdade tanto quanto as expectativas e se relaciona com base do respeito mútuo, pelo direito que cada um possa tomar decisões por si próprio. Seu amor não envolve imposições e valores, ela valoriza a privacidade mesmo que os outros possam se sentir rejeitados. 

Ela gosta ficar sozinha e faz de tudo para proteger sua intimidade. Nunca está envolvida em vários relacionamentos, porque ela seleciona seus amores e ama com sensibilidade. Pessoas dependentes nunca fazem parte do seu rol de relacionamentos, porque ela preza a liberdade.

Nunca deixa que alguém tenha necessidade dela, porque sabe que isso é prejudicial às pessoas. Ela se aproxima de pessoas independentes que se responsabilizam por suas próprias escolhas e vivam a vida por si mesmas. 

Gosta e aprecia a companhia dos outros, mas sem permitir que os outros se tornem dependentes de si. Ela rejeita qualquer forma de dependência numa relação adulta e encoraja as crianças a terem autoconfiança e oferecem muito amor.

Ela tem uma incrível ausência de busca de aprovação. É livre das opiniões dos outros. Não choca os outros para ganhar aprovação. Ela pode ser aplaudida ou criticada, mas não tem interesse pelo julgamento que os outros fazem. 

É quase ríspida em sua honestidade, porque se expressa apenas com a verdade, sem tentar florear com palavras só para agradar. Ela tem um filtro que permite retirar de suas conversas apenas as mensagens principais, o que vale ser ouvido e o que deve ser descartado. 

Não tem necessidade de ser amada a todo o tempo e nem por todo mundo, nem guarda o desejo secreto de ser aplaudida por todos. Ela sabe que em tudo que fizer sempre incorrerá numa desaprovação, ou de um ou de outro, por isso é fiel apenas à sua própria consciência.

Nela existe uma certa falta de aculturação, não é rebelde mas faz de fato suas próprias escolhas, mesmo que entrem em conflito com o que todo mundo faz. Ignora regras mesquinhas, sem sentido e nem se preocupa com convenções restritivas. Não entabula uma conversa sem sentido, só porque é educado conversar qualquer besteira com os outros. Ela prefere ouvir e ficar calada.

Ela é sempre ela mesma e, embora compreenda que a sociedade faz parte da vida, não se deixa reger por ela e nem se torna sua escrava. Não ataca em tom de ironia ou de rebeldia e sabe o momento de ignorar certas coisas quando não funcionam de maneira sensata. 




Pessoas felizes se aceitam 
e prezam o bom humor


Ela sabe rir e provocar risos. Acha graça em quase tudo e em todas as situações. Pode rir nas situações absurdas, mesmo nas mais solenes ocasiões. Ela não faz da vida algo sério e enfadonho; ela proporciona o riso e cria humor. 

Nunca usa o ridículo para provocar risos e chamar atenção. Ela não rí dos outros; ela rí com os outros fazendo com que a vida tenha graça, embora decida suas próprias metas.

Ela realiza e não fica calculando a hora certa das coisas, porque sabe que toda hora é boa para tudo. Não acredita nessa estória de lugar certo no momento certo. Ela faz com que toda hora e local sejam certos. 

Quando precisa voltar atrás em suas decisões, ela não considera que esteja indo a um lugar especial, apenas cria uma atmosfera mais favorável. É muito divertido estar com ela.

Ela se aceita sem queixa e sabe que é humana, isso envolve certos atributos humanos. Aceita sua aparência sendo alta ou baixa, gorda ou magra, loira ou ruiva. Ela considera que "ser" independe da aparência. 

Gosta e aceita a si mesma e não é falsa quanto à aparência dos outros. Ela não se esconde em coisas artificiais, não se desculpa pelo que não é, não se ofende por coisas humanas.

Ela sabe que a natureza não cria seres super perfeitos e, por isso, não busca ser perfeita fisicamente. Está consciente de que todo ser humano produz cheiros e todos usam o banheiro.

Não se autodeprecia e encara o mundo e a si mesma como é. Gosta da vida ao ar livre, o mundo natural e aprecia o que seja original. Ama o crepúsculo, os rios, os lagos, as montanhas, árvores, flores e tudo que faça parte da vida.




Pessoas felizes 
amam a vida natural

 
Ela é natural no viver e na convivência com os outros. Ela não está preocupada com vida noturna, bares, clubes noturnos, festas e convenções. Ela está em paz com a natureza e com tudo que seja natural. 

Embora funcione no mundo feito pelos homens, ela está mais atenta ao mundo feito por Deus. Ela aprecia detalhes da vida que passam despercebidos pelos outros: um por-de-sol, os pássaros que cantam, o sorriso de uma criança, uma noite de luar ou o céu estrelado.

Ela está ocupada em apreciar o mundo de possibilidades do momento presente. É capaz de compreender facilmente o comportamento dos outros, embora todos possam achar indecifrável e complexo, não se imobiliza diante dos problemas, mesmo que para outros possa parecer intransponível.

 Ela sabe exatamente o que os outros tentam lhe dizer, quando dizem exatamente o que querem. Por isso, não faz conjecturas e não torna seus problemas complexos, não dá ênfase aos obstáculos.

Sua autovalia está em si mesma, longe de todos os interesses externos; não se sente ameaçada por fatos exteriores, por ideias ou por outras pessoas.
Ela nunca se empenha em lutas inúteis. Não deseja popularidade, não se atrela a variedade de causas para se tornar importante. 

Ela pode lutar por mudanças desde que isso possa trazer benefícios a muitas pessoas. Mas ela não deseja morrer por uma causa e nem perde noites de sono por isso. Ela gosta de si mesma e, por isso, dorme bem, se alimenta de forma adequada, faz exercícios e separa seus momentos particulares.



Pessoas felizes 
são honestas e verdadeiras

 
Ela é honesta, não é evasiva em suas respostas, não mente, porque considera a mentira uma distorção da realidade e não admite nada que seja auto-enganador. Ela não distorce as coisas nem para proteger a si e nem para proteger os outros.

Sabe que seu encargo no mundo é o mesmo que o dos outros e lida de forma efetiva com o que é e não como os outros gostariam que fosse. Ela nunca censura e não atribui adjetivos depreciativos nem a si e nem às outras pessoas.

Não gasta seu tempo fazendo fofocas ou falando mal dos outros. Não comenta o que os outros fazem, não espalha boatos, não se intromete. Ela não fala das pessoas; ela fala com as pessoas.




Pessoas felizes 
são flexíveis e criativas


Ela tem sua autodisciplina e organização, mas não se martiriza com a ordem e sistemas. Ela não enquadra as pessoas em sua forma própria de ver as coisas e apenas vê que os outros possam fazer suas próprias escolhas. 

Para ela, mesquinharias são simplesmente modos de enlouquecer os outros. Ela não vê obrigação de ser de algum modo especial, não tem mania de limpeza e arrumação; ela limpa e organiza a seu modo para que tudo lhe seja prático e funcional. 

Graças à sua ausência de neurose organizacional, ela é criativa. Em cada ato ela é peculiar e nunca considera que exista uma receita única de fazer as coisas.  Não consulta manuais de comportamento e nem pergunta a especialistas; ela cuida dos problemas de forma criativa e acha excitante viver, por isso mantém seus níveis de energia. 

Ela não se entendia e vê os acontecimentos da vida como uma forma para fazer, sentir, pensar e aplicar suas energias. Está sempre em atividade e desconhece o tédio. É ultra curiosa, nunca considera que sabe o suficiente, quer sempre aprender mais. Não se preocupa com o que dá errado; se não funciona, ela abandona.




Pessoas felizes vivem a felicidade


Ela aprende não para se distinguir dos outros e ter méritos por isso; ela aprende para compartilhar com os outros. Ela quer saber como as coisas funcionam e cada objeto é uma oportunidade para aprender mais. 

Não espera que as informações caiam do céu, ela pesquisa e se aprofunda para saber o porquê de cada coisa. Ela não tem receio de falhar e não equaciona o fato de ser bem sucedida em algo como um sucesso do ser humano. 

Qualquer acontecimento é eficaz ou ineficaz, o fracasso é apenas encorajamento para outras tentativas. Ela não tem medo de se explicar e se esforça para melhorar o que pode ser melhorado. 

É capaz de eliminar emoções autodestrutivas e estimular emoções construtivas. Não tenta a todo instante se defender, não entra em jogos psicológicos e nem tenta impressionar os outros. 

Não se veste para os olhares alheios, tem a simplicidade e naturalidade. Não se deixa seduzir pela necessidade de transformar coisas pequenas, não debate, não discute, apenas expõe seus pontos de vista. 

Ela reconhece a futilidade de tentar convencer os outros; todas as propostas podem ser verdadeiras, embora sejam diferentes. Seus valores não são locais, não se identifica com a família, a vizinhança, a comunidade, a cidade, estado ou país. 

Vê a si mesma como pertencendo à raça humana e ninguém é melhor ou pior que ninguém. Não se torna feliz ao ver a morte de um inimigo, visto que inimigos são apenas humanos. 

Não tem heróis nem ídolos, não exige justiça a todo momento, não tem inveja do sucesso alheio, não torce pelo fracasso dos outros. É motivada pelo desejo de progredir e não há lugar para autopiedade. 

Vive integralmente cada dia e não fica estendida no chão quando tropeça. Ela tem determinação para seguir adiante. Ela não corre atrás da felicidade; ela vive a felicidade, porque nada no mundo torna a felicidade inatingível do que o esforço para tentar encontrá-la ou estar atrás dela. 

Cada função normal da vida tem alguma dose de felicidade e ao usar seus próprios meios, você pode se tornar uma dessas pessoas felizes que sabem simplesmente viver...



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Quem sou

Nascida em Belo Horizonte, apaixonada pela vida urbana, sou fascinada pelo meu tempo e pelo passado histórico, dois contrastes que exploro para entender o futuro. Tranquila com a vida e insatisfeita com as convenções, procuro conhecer gente e culturas, para trazer de uma viagem, além de fotos e recordações, o que aprendo durante a caminhada. E o que mais engradece um caminhante é saber que ao compartilhar seu conhecimento, possa tornar o mundo melhor.

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